O Estado
SÃO LUÍS - A Gerência do Serviço de Proteção ao Consumidor (Procon) iniciou ontem fiscalização em postos de revenda de combustíveis em São Luís com suspeita de adulterar a bomba com dispositivos para registrar o valor solicitado pelo consumidor, mas sem colocar a quantidade certa do combustível no tanque do carro. O alvo foram postos localizados na Avenida Jerônimo de Albuquerque e na área do Portinho e Praia Grande, no Centro.

Um dos casos registrados no órgão de defesa do consumidor foi da empresária Helia Cristiany Teixeira de Sousa Maia de Albuquerque. Ela conta que ficou indignada com o comportamento de funcionários no posto Moraes Center, na Avenida Jerônimo de Albuquerque, no Cohafuma. Segundo ela, ao chegar ao posto solicitou que fossem colocados R$ 100,00 de gasolina comum. No entanto, ao verificar no painel do carro, o ponteiro de combustível não confirmou que aquela quantia havia sido abastecida.
"Eu vou buscar meus direitos de consumidor a todo o custo. Não dá para continuar essa injustiça com os consumidores. Se aconteceu comigo, imagine quantos consumidores estão sendo lesados", afirmou a empresária, que registrou reclamação no Procon e na Delegacia de Defesa do Consumidor.
Durante operação do Procon, os fiscais realizaram vários testes, como a aferição da bomba de combustíveis, o teste de qualidade, entre outros. No posto Moraes Center, nenhuma irregularidade foi constatada. O administrador do posto, Ricardo Barroso Lima, afirmou que disponibiliza ao consumidor produto de qualidade e nos padrões da Agência Nacional de Petróleo (ANP). "Se houve algum problema na hora de abastecer ou com algum funcionário, sugerimos que o consumidor recorra à direção do posto antes de qualquer denúncia", disse.
De acordo com o gerente-geral do Procon, Felipe Camarão, os problemas de adulteração volumétrica, ou seja, quando é colocado no tanque menos combustível do que o indicado na bomba, são um dos mais recorrentes registrados pelos consumidores.
Ele diz que, para não ser lesado e pagar por algo que não está levando, o consumidor precisa estar atento na hora de abastecer o carro, especialmente em relação às condições da bomba. "O consumidor maranhense precisa ter atenção redobrada, já que aqui no Estado não há fiscalização diária, como ocorre em São Paulo, por exemplo. As vistorias são alternadas ou quando é registrada alguma denúncia pela ANP”, afirmou.
Felipe Camarão detalhou que, pela legislação, para cada 20 litros de combustível há uma tolerância de 100 ml. "Mas nas fiscalizações já encontramos diferença de até quatro litros. É um tipo de fraude difícil de se detectar", advertiu.
(fonte: Imirante.com))