Sabe-se, pelas estatísticas, que os jovens entre 18 e 29 anos são as maiores vítimas da violência no trânsito no Brasil. As causas variam entre ingestão de álcool, alta velocidade e imprudência.

Especialistas afirmam que, nesta faixa etária, em geral, as pessoas não medem as conseqüências de um acidente de trânsito. Mas será que é por falta de conhecimento ou imprudência? O que explicaria a atitude de uma pessoa que atravessa o sinal vermelho em alta velocidade, mesmo sabendo que isto poderá matá-la? Por que ela aceita este risco?

Estudos na área de psicologia a respeito da percepção de risco e acidentes de trânsito, explicam que “aceitar risco” significa “expor-se a uma perda potencial” (Gerald J. S. Wilde, 2005). Será que o jovem conhece e, conscientemente, aceita as perdas que podem ocorrer em um acidente? Qual seria o nível de conhecimento dos riscos a que ele está exposto? Será que os benefícios que ele pensa obter são realmente maiores do que a perda a que ele está sujeito? Quero dizer com isto que, para o jovem, muitas vezes, o prazer de dirigir em alta velocidade, pode ser infinitamente maior do que o medo de perder a própria vida.

Se formos considerar a formação dos jovens para o trânsito, eu diria que eles recebem muita informação sobre placas e siglas, mas quase não desenvolvem conhecimentos a respeito dos riscos reais que o trânsito oferece. Em geral, nos cursos de formação para condutores há pouca profundidade nas discussões em sala, ou nas aulas práticas e pouco se aprende sobre as reais conseqüências dos acidentes para a vida das pessoas e para a sociedade. Qual seria a melhor maneira de fazer com que ele perceba e reflita sobre tudo isso?

Talvez a resposta esteja em conseguir alterar, de alguma forma nos jovens, a consciência a respeito dos riscos e das perdas possíveis a que estão expostos no trânsito.


Fonte: http://www.blogdotransito.com.br